A música no Brasil desenvolve-se claramente em duas frentes distintas: a tradição escrita (transposta da música européia), também chamada "erudita" ou "de concerto", e a tradição não-escrita (resultante das misturas entre músicas européias, indígenas e africanas), correspondendo às múltiplas formas da música popular. Ambas apresentam desenvolvimentos próprios e, como também acontece em muitos outros países, cruzam-se em certos momentos. No Brasil esses encontros entre o popular e o erudito têm, no entanto, uma importância específica, pois neles está, sem dúvida, uma das marcas singulares da produção musical brasileira.